Caríssimos irmãos e irmãs, saudações em Cristo Jesus.
Neste mês de julho, vamos refletir sobre a importância da pessoa, da missão e do trabalho do papa, o bispo de Roma na nossa Igreja Católica Apostólica Romana e no mundo.
No dia 21 de abril de 2025, um dia após o Domingo da Ressurreição de Jesus — a Páscoa — faleceu o nosso querido Papa Francisco, em Roma. Foi um momento de profunda condolência e de profunda espiritualidade para todos, o qual envolveu o mundo inteiro. Pois a morte do Papa Francisco gerou uma expressão de fé muito forte em todos nós. Quase um milhão de pessoas passaram pelo velório dele, durante os dias do funeral. Mais ou menos quinze dias após a morte de um papa, é organizado o Conclave: eleição de um novo pontífice. E neste de 2025, na eleição do novo pontífice, o Papa Leão XIV, também mexeu com o mundo. O mais bonito é que o mundo praticamente parou para viver esses dois momentos profundos da Igreja: na morte de um papa e na eleição do outro.
Diante destas duas realidades, percebemos quão grande é a importância da Igreja Católica e o respeito que o mundo tem por ela. Além dos membros importantes da nossa Igreja, quantas delegações políticas fizeram os caminhos de Roma manifestando este respeito! Quantas pessoas e chefes de outras religiões estiveram presentes para manifestar as suas condolências pela morte do Papa Francisco e saudar o novo pontífice, o Papa Leão XIV! Fora as centenas de milhares de pessoas que por lá passaram.
Este contexto nos traz algo fundamental a nós cristãos católicos: a importância da nossa unidade com a Igreja Católica. Precisamos viver bem esta realidade: o respeitar e o lutar para preservar a unidade da nossa Igreja Católica Apostólica Romana. Algumas vezes, e alguns de nós, podemos cair na tentação de fazer a ela críticas destrutivas e até mesmo criar alguns grupos contrários às propostas de caminhada da nossa Igreja. Digo: todos nós precisamos refletir bastante sobre isso. Digo também: não que precisamos ser “vaquinhas de presépio”, como diz um dito popular — fazer sempre o que a Igreja manda, aceitar tudo de olhos, ouvidos, mente e coração fechados. Não! Precisamos participar das reflexões e decisões da caminhada de nossa Igreja. Entender o porquê estamos indo nesta ou naquela direção. Ter sempre presente o Espírito Santo como Luz, para guiar a todos nós.
Muitas vezes, acolher propostas que não vão ao encontro com minhas ideias pessoais ou da minha pastoral, movimento ou serviço, mas acolher porque participei da reflexão, e é a opinião e a proposta da maioria. Por isso, conheço o contexto e respeito. Isto é caminhar em comunhão, viver na unidade com a Igreja. O papa tem esta missão: de nos unir e de se esforçar para caminharmos unidos com ele, na Igreja. E cada um de nós, cristãos católicos, temos também a mesma missão.
Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo, para sempre seja louvado!
Dom Henrique Aparecido de Lima, C.Ss.R.
Bispo da Diocese de Dourados (MS)